quarta-feira, 6 de maio de 2009

São Paulo, a cidade que nunca dorme...

Fiquei um tempo sem postar por causa da correria e dos vários shows com o Beto Guedes nas ultimas semanas.
No último fim de semana tocamos na “Virada Cultural”.
São Paulo, “a cidade que nunca dorme”, realmente não dormiu nem um minuto no fim de semana.
Aconteceram vários shows por toda a cidade, com vários palcos e artistas se revezando numa sinfonia de estilos e sons variados, e milhares de pessoas pelas ruas.
Adoraria ter assistido a alguns shows, mas é tudo muito corrido e o máximo que consegui, além de tocar nos dois shows com o Beto, foi ouvir ao longe o Zeca Baleiro e esbarrar com o Wando no elevador no domingo de manhã.
O show no domingo foi no Teatro Municipal.
O Teatro Municipal de São Paulo é um dos mais importantes teatros da cidade e um dos cartões postais da capital paulista, tanto por seu estilo arquitetônico como pela sua importância histórica, por ter sido o palco da Semana de Arte Moderna de 1922, o marco inicial do Modernismo no Brasil.
Tocamos boa parte do album “Alma de Borracha”, de 1986, um disco que particularmente eu sempre adorei. O título é a tradução do nome do 6º álbum dos Beatles, o "Rubber Soul", e eu cantei com o Beto a canção dele e do Milton Nascimento “Objetos luminosos”.
O Teatro estava lotado e duas mil pessoas, do lado de fora, acompanharam o show pelo telão.
Foi tudo muito bacana, com direito a encontrar o Flávio Venturini, que foi ao show e foi nos cumprimentar no camarim, e reencontrar a Diana Bahia, uma amiga de infância, cantora, bióloga, uma pessoa muito especial que eu adoro.
Reencontrei também a Verônica e a Camila, amigas paulistanas que eu adoro e que amam os mineiros, e pra variar demos boas risadas.
Mas o que mais me impressionou foi acordar na segunda feira e ver a cidade completamente limpa e ver que na sua loucura, São Paulo é uma cidade que funciona.
Pra vocês a letra de São Paulo, que eu adoro...

São Paulo
(Thomas Roth / Luiz Guedes)

Só quem não te conhece,
Bem no fundo não pode entender,
Teus arranha-céus,
Neste escuro véu,
Sem o lume das estrelas.
Só quem não te conhece,
Ó cidade, não pode entender,
Teu postal sem cor,
O real valor,
Que se oculta em tuas sombras.
Universo de luzes e promessas,
Vitrine de ilusões,
Teus metais brilham mais,
No olhar dos inocentes.
Dia a dia o sol,
Abre seu farol sobre pedras,
Ilhas de ancorar corações solitários,
Nas multidões.
Teus caminhos cruzados,
Viajantes de toda direção,
Teus mortais,
Sonham mais,
Com ares do sertão,
Passageiros da paisagem,
Estações que vão no vento,
Em teu coração São Paulo…

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